quarta-feira, 14 de junho de 2017

Integração ônibus/metrô agrada usuários

13/06/2017 - Tribuna da Bahia

O tempo em que a Patrícia Amorim, 35, gastava para se deslocar do bairro de Narandiba bairro onde mora, para chegar até o centro da cidade foi reduzido para mais da metade

por Adilson Fonsêca 

O tempo em que a Patrícia Amorim, 35, gastava para se deslocar do bairro de Narandiba bairro onde mora, para chegar até o centro da cidade foi reduzido para mais da metade. Antes, deslocando-se de ônibus até a Estação da Lapa, ela costumava fazer o percurso em até 40 minutos, a depender da fluidez do trânsito, e hoje, de metrô, em pouco mais de 20 minutos ela consegue chegar ao destino.A integração com ônibus também tem sido muito eleogiada pelos passageiros.

Além do tempo de viagem ser menor, ela conta que a viagem se torna mais agradável, porque os trens são refrigerados e mantém uma velocidade constante, sem os sobressaltos por causa do congestionamento.  O que não mudou, contudo, é o trajeto que faz de sua casa, no Conjunto Cabula VI, até a Avenida Paralela, onde ficam os pontos de ônibus para a Lapa e a Estação do metrô.

Para quem tem carro, como o estudante Yago Nascimento, 24, ainda é cedo para trocar o meio de transporte pelo metrô. Fazendo o trajeto diário entre o bairro de Castelo Branco e o Iguatemi, onde trabalha como vendedor de loja em um shopping da região, ele diz que costuma gastar  em torno de meia hora no trajeto, por causa de engarrafamentos. Mas admite que o que mais pesa é a dificuldade e o custo do estacionamento. Na ponta do lápis, ele diz que gasta em média entre R$ 15 a R$ 20 por dia, três vezes mais se fosse de ônibus integrado ao metrô.

Ainda não existem pesquisas que mostrem um perfil detalhado dois usuários do metrô, mas para quem já está se adaptando ao novo modal de transporte público em Salvador, o novo sistema só traz vantagens, principalmente para quem mora próximo ao trajeto das duas linhas, em direção à Estação Pirajá e a Pituaçu, na Avenida Paralela. O tempo médio de viagem entre as duas estações até a Lapa, dura em média de 15 a 20 minutos, respectivamente.

Número de passageiros amplia com operação da Linha 2

Segundo os dados da Transalvador, no final do ano passado Salvador tinha uma frota de 939.434 veículos, dos quais 67,52% eram de automóveis de passeio e 13,56% de motos. A média de crescimento da frota de veículos em Salvador é de 23 mil novos carros à cada ano, o que dá uma proporção, segundo os dados da Transalvador, de 3,13 pessoas para cada veículo. De janeiro a abril deste ano, 6.396 novos carros passaram a circular nas ruas de Salvador.

Conforme informou a CCR, empresa concessionária que administra o Metrô de Salvador, atualmente, com a entrada em operação da Linha 2 até Pituaçu, são 125 mil passageiros por dia, transportados em 17 trens (cada trem com quatro vagões) entre as estações de Pituaçu, Pirajá e Lapa. Esse volume representa cerca de 10% do que é transportado pelos mais de 1.800 ônibus urbanos, por mais de 160 linhas que rodam em toda a cidade. O aumento médio de 36% no número de passageiros transportados diariamente deveu-se à ampliação da Linha 2, que vai do cesso Norte até a Estação de Pituaçu, próxima ao centro Administrativo.

Atualmente o metrô de Salvador opera com 17 trens, que fazem o trajeto entre a Linha 1 (Estação Pirajá –Lapa) em aproximadamente 15 minutos, e na Linha 2 (Acesso Norte-Pituaçu) em 12 minutos. Para quem usa a Linha 2 e quer se dirigir ao centro da cidade, é necessário fazer o transbordo na Estação do Acesso Norte, o que aumenta o tempo de viagem até a Estação  da Lapa para 20 minutos.
Segundo a concessionária, desde quando começou a operar as novas quatro estações da Linha 2 – Pernambués, Imbuí, CAB e Pituaçu -, o sistema apresentou um aumento de aproximadamente 36% na média de passageiros transportados diariamente,  atualmente em 125 mil. O número tem crescido desde o dia 23 de maio, quando o metrô chegou à Avenida Paralela.

O novo trecho da Linha 2 atende aos bairros de Pernambués, Caminho das Árvores, Stiep, Imbuí, Boca do Rio, Saboeiro, Narandiba, Cabula VI, Doron, Sussuarana, Pituaçu, São Marcos, São Rafael, Vale dos Lagos e Patamares, onde estão situados importantes pólos de serviços públicos, comerciais e acadêmicos que estão próximos das estações. E por ser uma área de contínua expansão de ocupação imobiliária.

População ainda não tem hábito de usar bicicletas

Ir para o trabalho de bicicleta ainda e um hábito pouco praticado para a maioria da população de Salvador, quando se trata de vencer longas distâncias. Mas para quem mora nos bairros no entorno das estações do metrô, esse hábito pode ser mais utilizado, uma vez que os usuários  dispõem de locais para estacionar seus equipamentos e seguir o restante da viagem de trem.

Mesmo assim poucos ainda utilizam os bicicletários das estações do metrô, como se observa diariamente nos estacionamentos vazios. “Nem sabia que podia usar”, disse o auxiliar de cargas, Denilson Lima, 22, que mora em Campinas de Pirajá e trabalha no Largo do Retiro. No sistema do metrô existem bicicletários nas estações do Retiro ,Acesso Norte, Bom Juá, Bonocô e na própria Estação Pirajá. Com capacidade para abrigar até 108 bicicletas. O uso é gratuito. 

Em Salvador, segundo os dados da Transalvador, são 189,3 quilômetros de ciclovias, incluindo as propostas nas avenidas Magalhães Neto, Antonio Carlos Magalhães e Dorival Caymmi, que totalizam 63 quilômetros.

Mais trens 

Atualmente o metrô de Salvador opera com 17 trens, dos quais15 deles circulando e dois mantidos como reservas. Esse número possibilita que o intervalo entre trens, nos horários de pico, seja de quatro minutos na Linha 1 (Lapa-Pirajá) e de cinco minutos na Linha 2 (Pituaçu-Acesso Norte). Nos demais horários, o intervalo é de oito minutos.

Falta apenas um trem da série 2000 para completar a frota total do projeto, que é de 40 trens. O número de trens em operação aumenta gradualmente à medida em que há crescimento na demanda e avanço da Linha 2.

Nenhum comentário: