terça-feira, 24 de março de 2015

Licença para o metrô na Avenida Paralela é concedida

24/03/2015 - Tribuna da Bahia

Após descerem do palanque, e deixarem de lado as ideologias partidárias, o governador Rui Costa (PT) e o prefeito ACM Neto (DEM) deram os primeiros sinais de aproximação em prol da população soteropolitana, selando acordos de obras e ações que serão desenvolvidas na capital baiana. Horas após a reunião que sacramentou a parceria dos políticos, ocorrida na última sexta-feira, na Governadoria, o secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, concedeu a Licença Ambiental Unificada para dar início às obras do metrô de Salvador.

Publicada no Diário Oficial do Município (DOM), a portaria para a Companhia do Metrô da Bahia (CTB) terá validade de três anos e dá a licença das obras do metrô de Salvador na Avenida Paralela, que chegará até o município de Lauro de Freitas.

Conforme a publicação, a concessão será "para implantação e funcionamento dos Terminais de Integração de modais de transporte localizados no Acesso Norte e no Bonocô, e que compõem as Linhas 1 e 2 do Sistema Metroviário de Salvador a Lauro de Freitas". A concessão da licença estava atrasada desde o ano passado, e por esse motivo, governador da Bahia e prefeito de Salvador resolveram se reunir. Encontro este que rendeu outras conversas e acordos.

Para petistas, a "parceria" entre Rui, conhecido como "Correria", e Neto, apelidado de "Rapidez", é uma sinalização que daqui para frente ambos deixarão de lado as "picuinhas" da eleição para trabalhar juntos, sem impedimentos políticos, como tem ocorrido ao longo dos últimos anos. "Rui tem feito o que Wagner também fez. Pensar na população de Salvador", declarou um filiado do PT. 

Segundo o secretário municipal Silvio Pinheiro, os próximos passos serão analisar as formas de diminuir o impacto no canteiro central da Avenida Paralela, parque linear da cidade. Entre as principais preocupações da Sucom e da CCR, responsável pela administração do metrô, é que o canteiro da Avenida não sofra intervenção como a ocorrida no canteiro central da Avenida Bonocô, cuja construção suspensa é considerada por arquitetos e urbanistas como um verdadeiro "trambolho".

A obra vai melhorar e ampliar os recursos destinados à mobilidade na capital baiana, tendo investimento aproximado (Linha 1 e Linha 2) de R$ 3,6 bilhões, por meio de Parceria Público-Privada (PPP) com a CCR Bahia. De acordo com o governo do Estado, a construção neste trecho irá gerar cerca de sete mil empregos, podendo chegar a nove mil no período de pico das sobras.  Serão pelo menos dez estações até o Aeroporto Internacional de Salvador, em Lauro.

Não só a obra do metrô foi o tema da reunião na última sexta. Outras áreas começaram a ser discutidas entre os gestores. Segundo o prefeito ACM Neto, a expectativa é boa. "Conversamos sobre os vários assuntos em comum do prefeito e do governador que é o interesse da população de Salvador na Mobilidade Urbana, sobre o metrô, o VLT, as obras viárias, conversamos sobre a saúde e a educação", disse, logo após a reunião.

Nesse cenário de parceria, é esperada ainda a atuação conjunta entre técnicos do governo e da prefeitura para melhorar o transporte público em Salvador. Segundo Pinheiro, está prevista para as próximas semanas reunião para discutir a integração do sistema de ônibus com o do Metrô.

Durante essas reuniões, também será definido o valor da tarifa a ser praticada pela CCR Metrô Bahia.

Creches -  O governo do Estado também deverá ceder terrenos para a construção de escolas e creches onde o município achar conveniente. No próximo dia 30 de março, o governador lançará o Pacto Pela Educação, evento que contará com a presença de ACM Neto. Sobre os terrenos, Neto afirmou que a doação irá permitir a construção dos centros de educação infantil na cidade.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Metrô de Salvador ganhará mais duas estações

18/03/2015 - Correio da Bahia

A Linha 1 do Metrô de Salvador ganhará mais dois trechos com a conclusão das obras das estações Bom Juá e Pirajá. A primeira tem inauguração prevista para o dia 9 de abril, marcando o início da operação de mais dois quilômetros, no trecho que segue do Retiro até a estrutura nova.

Atualmente, a linha segue desde a Lapa, passando pelo Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte, até Retiro, todas já em operação, sob responsabilidade da CCR Metrô Bahia. Com as integrações, a linha chegará a cerca de dez quilômetros de extensão, com a entrega do próximo mês, e vai beneficiar mais 60 mil pessoas da região, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Carlos Martins.

O percurso até Pirajá tem previsão de conclusão das obras até junho. Os 150 mil metros quadrados, onde está sendo construído um complexo, vai dar apoio a todo o sistema do metrô, com pátio de manutenção, centro de controle operacional definitivo, estrutura necessária para reparos dos trens, além da estação.

"Em Pirajá, funcionará o 'cérebro' do sistema, porque, além da parte administrativa das Linhas 1 e 2, vai atender um centro importante de transporte de pessoas em Salvador, por meio da integração com o ônibus e com um dos pontos mais movimentados da capital, a Estação Pirajá", explicou Eduardo Copello, presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB).

Também já está em obra a Linha 2 do metrô, que vai do Acesso Norte até Lauro de Freitas, com a construção de mais onze estações, passando por regiões como o Detran, Iguatemi, Imbuí, Bairro da Paz e Mussurunga.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Prevista para 2017, Linha 2 do metrô terá 13 estações e 23 km

16/03/2015 - G1 BA

Serão 13 estações, cinco terminais de integração com ônibus e 23 quilômetros de extensão percorridos em 31 minutos em qualquer hora do dia. Este é o projeto da Linha 2 do metrô de Salvador, que está em construção e envolve, atualmente, 755 trabalhadores, dos 7 mil previstos nos momentos de maior volume.

Em contato com a CCR e Governo do Estado, responsáveis pela gerência do metrô, o G1 detalha como está a situação desta linha, prevista para operar somente em 2017 e que irá ligar a Estação Acesso Norte, na capital baiana, a Lauro de Freitas, na região metropolitana.

Salvador já conta com a operação de parte da Linha 1, que tem 7,3 quilômetros de extensão e cinco estações já inauguradas - Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro. A Linha 1 foi inaugurada em 2014: 14 anos após iniciar as obras.

No dia 9 de abril de 2015, o governo deverá liberar a Estação de Bom Juá e o sistema da Linha 1 passará a ter, ao todo, 8,7 quilômetros. Em junho, será a vez da Estação Pirajá ser entregue. Também está em obra a Estação Bonocô, localizada entre as estações Brotas e Acesso Norte. As intervenções de ampliação da Linha 1 devem ser finalizadas até julho deste ano, segundo previsão do presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur).

"Hoje, até o Retiro, estamos transportando em torno de 26.270 mil pessoas por dia útil. Na última segunda-feira (9), tivemos o recorde de acessos por dia, que foi 31.134 pessoas em um único dia. O metrô, desde o início da operação, já carregou, aproximadamente, 3,9 milhões de passageiros", afirma o presidente da CTB Eduardo Copello. O sistema ainda realiza operação assistida, sem cobrança de tarifa.

As treze estações previstas para a Linha 2 são: Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto e Lauro de Freitas. Segundo a CCR Bahia, atualmente, a Linha 2 passa por intervenções de infraestrutura como terraplanagem, drenagem e pavimentação, além de obras na região da alça de acesso da BR-324 à Avenida Antônio Carlos Magalhães.

O trajeto do metrô na Linha 2 não será subterrâneo, mas em superfície. Quando ficar pronto, o transporte irá sair da Estação Acesso Norte e seguirá sob as alças da BR-324 e da Avenida Bonocô. A partir deste ponto, no sentido Salvador Shopping, a linha avançará ora pelo canteiro central, ora pela marginal da Avenida ACM, parte na superfície e parte em nível elevado, chegando à futura Estação Detran.

A partir da Estação Detran, o metrô seguirá em via elevada por cerca de 200 metros, acompanhando a margem esquerda do Rio Camurujipe, até chegar à Estação Rodoviária. A partir desta, o sistema segue em superfície passando sob o elevado dos Rodoviários e Nelson Dahia, até a Estação Pernambués, que será localizada em frente ao Supermercado Macro. Já na Avenida Paralela, o metrô seguirá na superfície pelo canteiro central indo até a Estação Aeroporto. Posteriormente, os trens chegarão à Estação Lauro de Freitas.

De acordo com o presidente da CTB, Eduardo Copello, a previsão é de que a atual rodoviária da capital baiana e o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-Ba) sejam transferidos de lugar.

"Existe um planejamento para transferência da rodoviária para [o bairro de] Águas Claras, mas ela só sairá de lá quando o metrô chegar até Águas Claras. O Detran, necessariamente, não tem data prevista porque não existiu a necessidade ainda", disse.
Na Avenida Paralela, o metrô irá passar pelo canteiro central e irá ficar, praticamente, no mesmo nível da pista. Segundo Copello. Caso seja necessária a retirada do local, as árvores serão replantadas em outro lugar.

"Na Lagoa do Imbuí, o metrô irá passar em pilares, mas no nível da própria Avenida Paralela", explica. "Em toda a avenida haverá implantação dos parques lineares. Nas margens da linha do metrô, vão haver áreas de lazer, pista de cooper, ciclovia, equipamentos de ginástica", completa.

Integração com ônibus e impasse

Ao todo, o sistema metroviário contará com cinco terminais de integração de passageiros entre ônibus e metrô: Acesso Norte, Rodoviária, Pituaçu, Mussurunga e Aeroporto. No entanto, ainda não há uma definição sobre quais ônibus serão utilizados: os da linha convenional que rodam na capital baiana, ou veículos próprios para este tipo de integração.

"O metrô foi planejado como um serviço estruturante, que necessita de integração. Ele não tem capilaridade de chegar a todas as regiões da cidade. Existe um contrato de convênio entre Salvador e Lauro de Freitas, que prevê que a integração seja feita através da alimentação do sistema coletivo urbano já existente nesses municípios. Em princípio, seria com os mesmos ônibus, com ajustes nas linhas, para que possam parar junto às estações e nos terminais de integração. Porém, o próprio convênio prevê a possibilidade de, não acontecendo isso, que o serviço possa ser prestado diretamente pelo metrô. Mas o ideal é que a gente consiga que possa ser feita a integração ao sistema de transporte coletivo do próprio município", explica Eduardo Copello.

Como não há uma definição sobre como será a integração, isso também afeta o início da cobrança da tarifa, afirma o presidente da CTB. "Nesse momento, a gente não tem definição completa da questão tarifária junto ao sistema de transporte. Existem negociações e elas não foram concluídas. A cobrança envolve a integração, porque precisa dessa definição".

Avaliação

A CCR afirma que não houve erro de projeto durante a construção do sistema metroviário na capital baiana, mas reconhece que foram realizadas adaptações e modernizações para atender ao novo traçado do metrô. A empresa cita como exemplo a Estação Pirajá, que teve seu projeto alterado em função da inclusão do "Tramo 3" (Pirajá-Águas Claras/Cajazeiras), não previsto anteriormente.
Copello também avalia que as obras estão seguindo dentro do cronogramada contratural. "Os pequenos atrasos são compensados com alguns avanços. É ritmo de uma obra normal que segue", opina.

Histórico

O metrô de Salvador começou a ser construído no ano 2000 e deveria ter ficado pronto em 2003. A Linha 1 foi projetada para ter 12 quilômetros, ligando o centro de Salvador ao bairro de Pirajá, mas só 7,3 quilômetros estão prontos até o momento. Em abril de 2013, o Governo da Bahia assumiu a gestão do metrô de Salvador, que até então, era da Prefeitura Municipal.

De acordo com o Governo da Bahia, ao todo, o Sistema Metroviário terá investimento de R$ 3,6 bilhões, sendo que R$ 1,4 bilhão da CCR, R$ 1,2 bilhão do Governo Federal e R$ 1 bilhão do Governo Estadual.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Sistema de trens do Subúrbio será substituído pelo VLT

04/03/2015 - A Tarde

Basta um olhar por toda avenida Jequitaia, no bairro Água de Meninos, em Salvador, para ver o estado de abandono em que se encontram alguns galpões localizados dentro do espaço da linha férrea da Suburbana.

Galpões construídos em alvenaria para abrigar antigos depósitos de lojas e peças de reparo para os trens estão abandonados, servindo de abrigo para moradores de rua e marginais da região.

Porém, os galpões estão com os dias contados. Tudo por conta de uma reforma que irá transformar o antigo trem do Subúrbio Ferroviário em um Veículo Leve Sobre Trilho (VLT), segundo nota oficial da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB).

Com isso, "dos atuais 13,5 km e 10 estações, o sistema, quando transformado em VLT, terá 18,5 km e 21 estações, sendo ampliado para chegar ao bairro do Comércio, na região do Terminal da França, e à região de São Luís, no bairro de Paripe", diz a nota.

Entre o fim do primeiro semestre e início do segundo deste ano, será aberta a licitação do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) do Subúrbio, que promete modernizar o serviço, segundo nota da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB). 

Entre as inovações também estão: requalificação e modernização. Porém, a mudança mais significativa estará no conforto e no tempo reduzido que os passageiros ganharão em cada viagem.

O sistema de trens do Subúrbio foi transferido da Prefeitura de Salvador para o Governo do Estado em abril de 2013.